No dia 13 de novembro, uma comitiva da Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP) realizou uma visita ao espaço do antigo DOI-Codi em São Paulo, acompanhada pelo Núcleo Memória. O principal objetivo da visita foi traçar estratégias e definir os planos de ação da Comissão para o ano de 2025.
A CEMDP foi criada em 1995, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, por meio da Lei Nº 9.140. Sua finalidade é reconhecer como mortas as pessoas perseguidas politicamente e desaparecidas entre 1961 e 1988. Ao longo de 29 anos de atuação, a Comissão alcançou avanços significativos, como a identificação de ossadas de desaparecidos políticos e a correção, pelos cartórios, de certidões de óbito, oficializando as verdadeiras causas de morte de integrantes da resistência.
Em 2022, sob o governo de Jair Bolsonaro, a CEMDP foi encerrada. Contudo, foi restabelecida em junho de 2023 pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva, retomando suas atividades.
Além da visita ao antigo DOI-Codi, a comitiva esteve no Memorial da Resistência de São Paulo no dia 14 de novembro, onde ocorreu a 2ª Reunião Ordinária de 2024. Na mesma data, visitaram o Centro de Antropologia e Arqueologia Forense (CAAF) da Unifesp para discutir o processo de identificação dos corpos encontrados no Cemitério de Perus, local utilizado pelo regime militar para ocultar vítimas de suas ações repressivas.
Estiveram presentes na visita ao DOI-Codi:
- Eugenia Gonzaga, presidenta da CEMDP;
- Caio Cateb, coordenador-geral de Apoio à CEMDP;
- Diva Santana, comissionada e representante dos Familiares de Pessoas Mortas e Desaparecidas;
- Maria Cecília de Oliveira Adão, comissionada e representante da Sociedade Civil;
- Natália Bonavides, comissionada e representante da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados.
Representando o Núcleo Memória, a visita foi conduzida por Maurice Politi, diretor executivo, e pelo historiador César Novelli Rodrigues.