Vigília Pela Democracia

A pandemia do Covid-19 obrigou a suspensão, em várias capitais brasileiras, das Caminhadas do Silêncio agendadas para 29 de março e 1º de abril, bem como do Ato Unificado Ditadura Nunca Mais, que seria realizado em São Paulo em 28 de março.

‼Essas ações são parte da memória inquebrantável sobre as consequências do Golpe Militar e da luta incansável contra a violência sistêmica que acomete este país.

Por isso precisamos continuar gritando, para que não se esqueça, para que não se repita: Ditadura, nunca mais! A necessidade de suspensão dos eventos não minguou nossos ânimos, mas, sim, reforçou a consciência da importância de se defender a Democracia. 

Este é um país que precisa fazer a memória, defender a verdade e promover a reparação e a justiça para o genocídio indígena, os três séculos de escravidão, a ditadura militar e o genocídio das populações pretas, pobres e periféricas.

‼A Violência do Estado produziu e produz vítimas de várias formas. Torturas, execuções sumárias, desaparecimentos forçados e tratamentos cruéis são uma face da moeda, mas não podemos esquecer das vítimas decorrentes da misoginia, da xenofobia, da perseguição contra a liberdade de expressão, da intolerância política oriunda de atos estatais; enfim, das diversas expressões do autoritarismo. 

Também é preciso enfatizar as vítimas de violência social e política do Estado, que agrava a desigualdade social e enfraquece os serviços públicos relevantes, tal como Saúde e na Educação e, principalmente, os serviços de proteção social e econômica diante de tal cenário.