Foto: Luiza Beraldo

No último sábado, dia 21 de outubro, o Memorial da Resistência de São Paulo lançou sua mais nova exposição temporária: Hiatus: a memória da violência ditatorial na América Latina. Após o coquetel de inauguração, sete dos oito artistas que compõe a mostra se reuniram ao público no auditório do Memorial para um debate sobre arte e memória. O evento, que faz parte do projeto Sábados Resistentes e reuniu mais de 100 pessoas, também trouxe ex-funcionários da Volkswagen - empresa que teve recentemente seu apoio à ditadura brasileira confirmado - para falar sobre a cumplicidade das empresas ao regime, tema abordado em muitas das obras de Hiatus. 

Representando a memória viva da ditadura, estavam Sebastião Neto, do projeto Reparar Já! e do IIEP, e Lúcio Bellintani, ex-operário da Volkswagen e principal personagem do documentário alemão Cúmplices? A Volkswagen e a ditadura militar no Brasil, que teve um trecho exibido no evento. Eles falaram, ao lado de companheiros, sobre a perseguição dentro das fábricas e os projetos atuais de investigação e reparação aos operários detidos por razões políticas. 

Depois, formou-se a mesa com o curador da exposição, Márcio Seligmann, e os sete artistas: Andreas Knitz, Clara Ianni, Fulvia Molina, Horst Hoheisel, Jaime Lauriano, Leila Danziger e Rodrigo Yanes. Cada artista falou um pouco sobre sua obra, o contexto de produção, a organização da exposição e os sentimentos que buscam evocar. 

Hiatus ficará em cartaz até o dia 12 de março de 2018.