No dia 17 de março, o Memorial da Resistência recebeu a visita de um grupo de 18 colaboradores da Raízes do Campo, do FINAPOP, da Casa Carlito Maia e do escritório de advogados Fon, Álvares, Rainha & Strozake. O grupo conheceu o espaço carcerário do antigo DEOPS (Delegacia de Ordem Política e Social) do Estado de São Paulo, utilizado durante a ditadura militar que se estendeu por 21 anos (1964-1985).
Após a visita mediada por Oswaldo Santana, da equipe de educadores do Memorial da Resistência, o grupo participou de uma roda de conversa com Maurice Politi, diretor do Núcleo Memória. O diálogo, que durou mais de 70 minutos, trouxe detalhes sobre o funcionamento do antigo DEOPS, o processo de interrogatório e as violências sofridas pelos ex-presos políticos detidos no local.
Em seguida, a roda de conversa contou com uma sessão de perguntas e respostas sobre diversos temas, como o papel dos advogados na época, as formas de detenção, a repressão e as violências em outros locais de prisão, como a Operação Bandeirantes, o Presídio Tiradentes e as Auditorias Militares. Também foi discutida a importância da preservação de lugares de memória em todo o país.