A Rede Latino Americana e Caribenha de Lugares de Memória (RESLAC) manifesta sua profunda rejeição ao recente Golpe de Estado na Republica Plurinacional da Bolívia perpetrado pelas Força Armadas e Policiais assim como por setores civis daquele país. Também condena a celebração da ruptura institucional manifestada pelo presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump que aconselhou outros países da região a irem pelo mesmo caminho.
Da mesma maneira, queremos reiterar nossa profunda preocupação pelos ininterruptos graves abusos que são cometidas pelas forças policiais do Chile contra os manifestantes que se mobilizam ainda pelas ruas , especialmente pelo uso de armas com munições e fuzis anti distúrbios , que dotadas de balas de borrachas , produziram , até o momento , mais de 200 pessoas feridas, com traumas oculares e cegueira.
Também expressamos nosso protesto , como o fizemos nos últimos dias em comunicado especial, contra a continuidade de ações violentas pelas forças policiais do Haiti contra os que participam de manifestações públicas, exigindo a demissão do Presidente.
Finalmente queremos denunciar publicamente como um desatino violento o que ocorreu na cidade de Brasilia (Brasil) no ultimo dia 13 de novembro, quando um grupo de 20 pessoas, todas elas devidamente uniformizadas, invadiu a Embaixada da Republica Bolivariana da Venezuela. Este grupo tratou de intimidar os funcionários da Embaixada e suas famílias manifestando claramente que a intenção era expulsá-los do edifício.
Estes fatos ocorridos no Brasil encontram semelhança com as manifestações extremistas de ódio e racismo. expressados por setores civis na Bolívia, contra militantes do MAS ,suas famílias e também contra funcionários da cooperação cubana.
A RESLAC observa com grande preocupação a interrupção dos processos democráticos , os estados de exceção e o papel preponderante que as Forças Armadas voltam a ter na resolução de conflitos políticos e sociais. Também manifesta seu repúdio às agendas de preservação da ordem pública e repressão que leva a endurecer o papel das forças policiais , implicando de fato numa crescente militarização das políticas de segurança pública. Todas estas circunstancias implicam claramente num retorno às políticas praticadas no passado , justamente aquelas que deram origem ao nosso trabalho coletivo de Memória . fortemente orientado a uma educação para a “NÂO REPETIÇÃO”
Rejeitamos também enfaticamente as expressões de negacionismo e relativismo em relação com a existência , atuação e consequências do Terrorismo do Estadao em nossa região assim como a clara reinvindicação , por parte de setores da sociedade, dos processos ditatoriais da nossa recente história, que visa a recuperação das funções das Forças Armadas na política interna nos países integrantes da RESLAC
La Red de Sitios de Memoria Latinoamericanos y Caribeños (RESLAC) manifiesta su absoluto rechazo al golpe de Estado perpetrado por las Fuerzas Armadas, policiales y sectores civiles en la República Plurinacional de Bolivia, así como la celebración de la ruptura institucional manifestada por Donald Trump, presidente de los Estados Unidos, quien además incitó a intervenir por las mismas vías en otros países de la región.
Del mismo modo, queremos reiterar nuestra profunda preocupación por las ininterrumpidos y graves abusos cometidos por las fuerzas policiales en Chile contra los manifestantes que se movilizan en las calles, en especial por el uso de armas con municiones y escopetas antidisturbios, que ha producido que más de 200 personas, entre ellos adolescentes, sufrieran trauma ocular y ceguera en los últimos días; así como la continuidad de las acciones violentas contra las masivas manifestaciones públicas en Haití.
Por último, queremos denunciar públicamente como un atropello lo ocurrido en la mañana del día 13 de noviembre en la ciudad de Brasilia, cuando un grupo de 20 personas, todas ellas uniformadas, invadieron la Embajada de la República Bolivariana de Venezuela. Este grupo trató de intimidar a los funcionarios y sus familias haciendo mención de que su objetivo era expulsarlos del edificio. Estos hechos se emparentan con las manifestaciones extremas de odio y racismo expresadas por sectores civiles violentos en Bolivia de los que han sido objeto funcionarios del MAS y sus familias.
La RESLAC observa con gran preocupación la interrupción de los procesos democráticos, los estados de excepción, el rol preponderante que las Fuerzas Armadas vuelven a tener en la resolución de conflictos políticos y sociales, así como las agendas de orden público y represión que llevan a endurecer el rol de las policías e implican en los hechos un abordaje militarizado de las políticas de seguridad. Todas estas circunstancias implican un retorno a las peores prácticas del pasado, aquellas que dieron origen a nuestro trabajo colectivo de memoria, fuertemente orientado por la demanda de no repetición.
Rechazamos también enfáticamente las expresiones de negacionismo y relativismo en relación con la existencia, actuación, y consecuencias del terrorismo de estado en nuestra región así como la reivindicación abierta de los procesos dictatoriales de la historia reciente, que resulta funcional a la recuperación de un papel gravitante de las fuerzas armadas en la política interna de los países integrantes de la RESLAC