Após um ano de esforços da equipe de pesquisa histórica do Núcleo de Preservação da Memória Política, foi lançado o livro-relatório sobre o projeto de implantação do futuro Memorial da Luta pela Justiça, com os resultados preliminares da primeira fase de atuação. O lançamento oficial foi feito no dia 26 de agosto, junto à abertura da exposição Vozes da Defesa, em cartar no prédio do MLPJ.
NÚCLEO MEMÓRIA, OAB/SP E STM INAUGURAM EXPOSIÇÃO NO FUTURO MEMORIAL DA LUTA PELA JUSTIÇA; SAIBA MAIS
A obra, organizada pela diretora e historiadora Ana Paula Brito com apoio da historiada Paula Salles e do restante da equipe do Núcleo Memória, traz o resumo das entrevistas realizadas com advogados que atuaram na antiga Auditoria Militar durante a ditadura e com presos político que ali foram julgados, além do perfil de cada um deles. Tais entrevistas estarão em exibição no Memorial e disponíveis para consulta na íntegra. Estão presentes também resultados de pesquisas realizadas em arquivos ao longo de 2017, incluindo o arquivo do Supremo Tribunal Militar, em Brasília. Quem assina o prefácio é Marcos da Costa, presidente da OAB/SP, parceira do Núcleo Memória na criação do Memorial.
Além dos dados da pesquisa, o livro - que pretende ser um guia para outras instituições que trabalhem com Memória - conta sobre as ações culturais e educativas realizadas no prédio, como forma de ocupar o espaço enquanto a reforma não começa. Entre elas está o Ciclo de Cinema Justiça e Direitos Humanos e o Curso Ditadura: História e Memória, que em 2016 foram realizados na antiga Auditoria.
Caso tenha interesse em consultar o livro, é possível entrar em contato com o Núcleo Memória por e-mail ou telefone.
Sobre o Memorial
O número 1.249 da Avenida Brigadeiro Luís Antônio, na capital paulista, é um dos símbolos da luta pela democracia brasileira. Era nesse endereço que, nos anos de chumbo, como ficou conhecido o período da ditadura militar (1964 – 1985), presos políticos eram julgados no âmbito da 2ª Circunscrição Judiciária Militar. Ali, perseguidos políticos e seus advogados fizeram cumprir o exercício do direito de defesa em um Estado de exceção, que desrespeitou leis e direitos daqueles que lutavam pela volta de um sistema democrático.
O memorial é fruto de parceria da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção São Paulo (OAB SP) com o Núcleo de Preservação da Memória Política e tem o propósito de promover debates, conferências e exposições.