EQUIS Justicia para las mujeres/Scopio Associação Equis luta pelos direitos das mulheres que estão na prisão.
O Dia Internacional para o Direito à Verdade sobre Violações de Direitos Humanos e para Dignidade das Vítimas é celebrado nesta quinta-feira, 24 de março. Em mensagem, o secretário-geral da ONU, António Guterres, ressalta que a data é um lembrete de que a “verdade é uma luz poderosa”.
Segundo ele, essa luz “evidencia violações que os autores preferiam manter escondidas”, revelando ainda um “caminho para a paz, justiça e reparação das vítimas”.
O chefe da ONU lembra que este dia internacional também reforça que os países precisam cumprir suas obrigações diante da lei internacional. Outro ponto citado por Guterres é conhecer as causas das violações de direitos humanos, para que possam ser prevenidas.
O secretário-geral afirma que “quando a luz da verdade é extinta, as sociedades entram num mundo sombrio de ameaças, mentiras e desconfiança”. Com isso, aqueles que violam os direitos humanos, com a intenção de “causar danos, controlar e até matar”, acabam sendo encorajados para “agir com impunidade”.
António Guterres declara ainda que o Dia para o Direito à Verdade é uma data importante para renovar o compromisso “em levantar o veu das violações de direitos humanos e ajudar as sociedades a curar divisões, se reconciliar em paz e proteger a saúde, a dignidade e as oportunidades para todas as pessoas.”
O Dia Internacional presta tributo ao monsenhor Óscar Arnulfo Romero, assassinado em 24 de março de 1980. Ele era bastante engajado em denunciar violações em El Salvador e falar abertamente sobre injustiça e desigualdades.
Guterres aproveita a data para mencionar uma famosa frase do arcebispo latino-americano, que costumava dizer que “os que têm voz precisam falar por aqueles sem voz”.
O secretário-geral espera que a coragem dele na luta pela verdade sirva de inspiração para a proteção dos direitos humanos ao redor do mundo.