A partir da Sociedade Civil de Las Abejas, Mariano Pérez Cura e Agustín Gómez Pérez (Abejas de Acteal) refletem sobre o Massacre de Acteal, sofrido pela comunidade originária em 1997.
O massacre ocorreu no marco da guerra do Estado mexicano contra o Exército Zapatista de Libertação Nacional, guerra na qual essa comunidade não teve nenhum papel por ser pacifista.
No entanto, em dezembro de 1997, o estado nacional e os estados municipais trabalharam juntos em ações violentas contra essa comunidade. Em 22 de dezembro, um grupo paramilitar atacou a comunidade indefesa causando 45 mortes, incluindo 4 mulheres grávidas. Esses paramilitares agiram em cumplicidade com as forças de segurança que sabiam de seus planos e até forneceram munição nos dias anteriores.
Quase 25 anos depois, a comunidade continua buscando justiça para os responsáveis e lutando pela memória do massacre. O caso ficou impune em nível nacional, mas foi apresentado à CIDH. O Estado tenta desgastar a luta da comunidade, dividindo-a e lutando pela impunidade.