Foto: Gabriela Beraldo

No último dia 08 de outubro, a advogada Maria Pia Guerra lançou o livro Polícia e ditadura - A arquitetura institucional da segurança pública de 1964 a 1988, em mais um Sábado Resistente. O evento, que acontece todos os meses no Memorial da Resistência de São Paulo, contou com a presença do advogado Firmino Fecchio e pela socióloga Jacqueline Sinhoretto.

O livro de Maria Pia é uma pesquisa, encomendada pelo Ministério da Justiça, sobre a atuação da polícia durante a ditadura civil-militar brasileira e como era tratada a segurança pública pelo governo federal. A pesquisadora buscou entender quais as marcas deixadas pela ditadura-militar no sistema de segurança pública brasileiro. A mais clara delas, de acordo com Maria Pia, é a Polícia Militar e sua forma de organização não-democrática.

Firmino Fecchio, que também é ex-ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo e ouvidor da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, contribuiu para o debate com relatos de sua experiência na área. Jacqueline, que é coordenadora do Grupo de Estudo sobre Violência e Administração de Conflitos da Universidade Federal de São Carlos, trouxe dados e informações sobre a atuação da Polícia Militar hoje. Dentre os problemas apontados pela socióloga, está a matança de um grupo populacional específico – jovens negros periféricos de até 30 anos – pelos policiais militares.

O livro de Maria Pia foi lançado apenas em versão online e está disponível para leitura e download no endereço: https://policiaeditadura.wordpress.com/ 

Os Sábados Resistentes acontecem todos os meses no Memorial da Resistência de São Paulo. As divulgações acontecem em ambos os sites e páginas do Facebook do Núcleo Memória e do Memorial.