No sábado, dia 15 de outubro, foi realizado o sétimo Sábado Resistente do ano no Auditório Vitae (5º andar do Memorial da Resistência). A edição também foi transmitida através dos canais do Youtube do Núcleo Memória @nucleomemoria, Facebook do Memorial da Resistência @memoriadaresistenciasp e do Tutaméia @TutameiaTV. Clique aqui para assistir.
Dando continuidade à temática geral que aborda aspectos da historicidade do processo de construção da cidadania do povo brasileiro, a edição do mês de outubro teve como tema “Eu votei! E agora? A história da cidadania brasileira, sistemas de controle e monitoramento político no Brasil”. Para se debruçar sobre a questão, o Núcleo Memória e o Memorial da Resistência convidaram para participar da mesa os professores Jaime Pinsky, historiador e professor renomado, e Flávio de Leão Bastos Pereira, advogado e especialista em direito eleitoral.
Infelizmente, por questões médicas, o professor Jaime Pinsky não pôde comparecer à mesa. Mesmo que longe da questão apresentar qualquer gravidade, o Núcleo Memória deseja melhoras e boa recuperação ao historiador. Ainda que não estivesse presente fisicamente, o professor nos presenteou com um excelente texto sobre o tema abordado, que foi lido durante o evento pelo mediador Oswaldo Oliveira Santos Júnior, diretor do Núcleo, pesquisador e historiador.
No texto feito exclusivamente para o evento, intitulado “Temos a democracia que queremos?”, o professor Jaime Pinsky lança luz para um movimento global de defasagem da democracia, começando por momentos como o Brexit (a saída do Reino Unido da União Europeia), até o projeto político que vem sendo construído no Brasil desde 2016. Em sua abordagem, o professor tratou de analisar a relação entre cidadania, ocupação da política e o aparelhamento do estado.
Em seguida, o público teve a oportunidade de ouvir o professor e advogado Flávio de Leão Bastos Pereira, que focou sua fala nas questões do monitoramento e controle político, pensando maneiras da população poder participar de fato do processo democrático. “O primeiro ponto que gostaria de colocar: os aspectos civilizacionais da estrutura política no Brasil. Como podemos falar em democracia, se aspectos civilizacionais são tratados como mecanismos ideológicos?, pontuou Flávio de Leão.
O momento seguinte foi reservado para apontamentos, perguntas e a rica participação tanto do público online, quanto dos que estavam presentes no Auditório Vitae.
O Sábado Resistente é uma atividade mensal e retornará em Novembro, com a exibição especial e gratuita do filme Marighella (2020), de Wagner Moura.