Foto: André Santa Rosa/Divulgação
Nos dias 20 e 23 de setembro, o Núcleo Memória organizou duas visitas mediadas no antigo DOI-Codi, em São Paulo. Na quarta-feira, dia 20, um grupo de 45 pessoas entre estudantes, professores e pesquisadores inscritos no programa mensal de visitas pôde conhecer mais das dependências do antigo centro clandestino de tortura. Já no sábado, dia 23, um grupo de 15 pessoas, convidadas pelo professor Mauro Castilho e pela a professora Sônia Brandão da PUC São Paulo, realizaram a visita como parte de atividades do programa da pós-graduação em Educação, História, Política e Sociedade.
A primeira visita contou com a mediação de Maurice Politi, diretor administrativo e ex-preso político; César Novelli Rodrigues, historiador e pesquisador associado à entidade; e Renan Beltrame, que foi convidado como historiador e educador. Os visitantes foram divididos em dois grupos: enquanto o primeiro grupo subia as escadas do prédio, o outro permanecia no piso inferior do prédio, tendo contato com a experiência e o relato oral de Emilio Ivo Ulrich e Dulce Muniz, que também foram detidos pelo DOI-Codi.
Já a visita dos alunos de mestrado e doutorado da PUC/SP, contou com a presença de César Novelli e Maurice Politi, enquanto ação educativa e mediadores. A professora Sônia, histórica parceira do NM e responsável por levar o grupo para esta visita, contribuiu com o seu conhecimento de quem há anos faz roteiros em lugares de memória vinculados à ditadura militar em São Paulo.
No sábado, dia 30/10, foi realizada uma visita mediada para as turmas do curso de Gestão de Políticas Públicas da USP, onde ao menos 60 pessoas puderam conhecer as dependências do antigo centro de repressão e tortura, guiados pelo historiador e educador do NM, César Rodrigues, da coordenadora do GT DOI-Codi, Deborah Neves, e da mestranda pela Unicamp Patricia Bertozzo. Esta visita foi organizada pelo GT DOI-Codi.
As visitas mediadas ao antigo DOI-Codi têm por objetivo levar o público a conhecer as estruturas físicas e o funcionamento geral de um dos aparelhos repressivos mais cruéis da ditadura militar brasileira. Recentemente, o espaço ganhou certa notoriedade midiática por conta das atividades do projeto de arqueologia.
Durante as visitas, os participantes tiveram a oportunidade de aprofundar seus conhecimentos acerca do contexto histórico relacionado ao início da Operação Bandeirantes (OBAN), compreender o conceito de lugares de memória, conhecer a história do tombamento do edifício e explorar as perspectivas futuras para o espaço, especialmente em relação ao seu uso pedagógico.
A próxima visita do programa de Visita Mediada ao antigo DOI-Codi/SP será no dia 18/10.