O vídeo desta sexta-feira é do Centro de Memoria Monseñor Gerardi da Guatemala.
Patricia Ogaldes, Carlos Alarcón e José Paz analisam o lugar dos indígenas guatemaltecos no Conflito Armado Interno. A Comissão da Verdade de 1996 identificou um total de 42.275 vítimas, 83% das quais eram de origem maia.
Com os massacres, as operações de terra arrasada, o sequestro e execução de autoridades e líderes maias, buscaram não apenas quebrar as bases das guerrilhas, mas também destruir o tecido social que garantia a coesão e a ação coletiva das comunidades maias.
Nem mesmo nos Acordos de Paz, os povos nativos não foram considerados. Além disso, foi eliminada qualquer instância do Estado que tenha o poder de recuperar e buscar a memória histórica.
Atualmente, a população indígena continua sendo vítima de violações de seus direitos humanos, por exemplo, desde a educação, não apenas em relação ao acesso a ela, mas também porque não é fornecida nas línguas maias. Os números de matrículas escolares permanecem baixos em comparação com o resto da população infantil.