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NÚCLEO MEMÓRIA

Atividades núcleo memória |   DOI-Codi de São Paulo, lugar de memória onde Núcleo Memória promove visitas mediadas, passa por escavações arqueológicas

Foto: André Santa Rosa/Divulgação

Iniciada em 2023, as escavações arqueológicas no antigo prédio do DOI-Codi (Destacamento de Operações de Informação - Centro de Operações de Defesa Interna) têm chamado atenção da mídia e do debate público sobretudo pela possibilidade de descoberta de evidências e informações sobre aquele que foi um dos piores centros clandestinos de tortura da ditatura no Brasil.  

Algumas das atualizações ressaltam que foi encontrado provável material biológico, escritas na parede de um dos banheiros, que podem ser de pessoas que foram sequestradas para interrogatório, além de alguns objetos como botões, vidro de tinta nanquim, pedaços de uma edição do Diário Oficial, entre outros. “Vamos fazer abertura de pequenas janelas, que a gente chama de janela de prospecção arqueológica, para identificar se existe algum material que possa remeter ao uso do prédio como um centro de tortura”, informou a historiadora Deborah Neves, coordenadora do Grupo de Trabalho (GT) Memorial DOI-Codi, em entrevista a Agência Brasil.  

Sendo um raro no Brasil, a experiência de arqueologia tem chamado atenção dos principais canais de imprensa do país. 

Nesse sentido, O Núcleo Memória vem desempenhando relevante papel para a transformação do local em um memorial. Em 2010, foi realizado o pedido de tombamento do espaço que abrigou a Operação Bandeirantes e posteriormente o DOI-Codi, feito por Ivan Seixas, que na época presidia o Conselho da entidade. Assinaram o pedido outras entidades de promoção dos direitos humanos e de familiares de mortos e desaparecidos.

Desde 2017, ocorrem visitas mediadas no local, envolvendo universidades, escolas e interessados em temas de direitos humanos. A mediação é entendida como um diálogo entre educadores e o público presente, buscando enriquecer as experiências e conhecimentos de todos. Essa abordagem coletiva visa desmistificar conhecimentos históricos, científicos e culturais, que não pertencem a um único grupo.

Após as visitas, o Núcleo Memória fornece um caderno ao público, questionando sobre suas expectativas em relação a um memorial no antigo DOI-Codi, a fim de contribuir para o projeto museológico. As visitas ocorrem na terceira quarta-feira do mês e, desde 2023, também aos sábados a cada trimestre, com datas disponíveis no site. 

Durante as duas primeiras semanas de agosto, enquanto o projeto arqueológico aconteceu, diversas atividades foram realizadas para o público em geral e outras para públicos específicos. O Núcleo Memória participou em algumas delas.

 


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