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EDITORIAL |
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A notícia de maior impacto este mês foi, sem dúvida, a operação “Contragolpe”, conduzida pela Polícia Federal a partir do dia 19. Cinco pessoas, incluindo quatro militares conhecidos como “kids preto”, foram presas sob a suspeita de tramar um golpe de Estado no final de 2022 e início de 2023. As investigações, baseadas em quebras de sigilos telefônicos, revelaram um plano denominado “Punhal Verde-Amarelo”. Esse plano visava não apenas a manutenção do ex-presidente Bolsonaro no poder, mas também contemplava a morte do presidente eleito Lula, de seu vice, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes. A trama expôs uma ampla rede no alto escalão das Forças Armadas, que incluía oficiais graduados responsáveis pela disseminação de fake news sobre o resultado das eleições e pelo estímulo às manifestações em frente a quartéis. Essas ações culminaram nos atos de vandalismo de 8 de janeiro de 2023. No dia 21, a Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro, concluindo que ele participou da tentativa de golpe. O ex-presidente é suspeito de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, cujas penas máximas variam de oito a 12 anos de prisão. Além dele, outras 35 pessoas foram indiciadas, incluindo 10 generais, 16 coronéis e um almirante, entre eles os generais Walter Braga Netto e Augusto Heleno, o delegado Alexandre Ramagem e Valdemar Costa Neto, presidente do PL. Após o sigilo do relatório da PF ser suspenso pelo ministro Alexandre de Moraes e encaminhado à Procuradoria-Geral da República, novas revelações sobre esses grupos organizados vieram à tona. Agora, resta aguardar a decisão do Ministério Público sobre apresentar ou não a denúncia contra os indiciados. Apenas após essa etapa, a Justiça poderá abrir processos criminais, que poderão resultar em condenações e prisões. Diante da gravidade desses fatos, decidimos dedicar este editorial exclusivamente a esse tema, mesmo havendo outras notícias relevantes no mês. Esse evento desafia diretamente um dos pilares fundamentais da missão do Núcleo Memória: a promoção da cidadania consciente e a defesa do princípio do “Nunca Mais”. Todas as nossas atividades — destacadas neste boletim de novembro — seguem os princípios democráticos e o respeito aos Direitos Humanos, condições essenciais para a construção de uma sociedade justa, tolerante e livre de discriminações. A reflexão que se torna hoje, mais do que nunca, necessária é a respeito de quais valores queremos incutir aos jovens que tiveram a sorte de nascer depois que a democracia foi reconquistada em nosso país, mas que se deparam com gestos como esses, que representam a negação de uma sociedade civilizada. Boa leitura! |
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ATIVIDADES EDUCATIVAS-CULTURAIS | ||||
Sábado Resistente: Comunicação antirracista |
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Como romper o silêncio histórico? O Sábado Resistente de novembro debateu o racismo estrutural na mídia brasileira, revelando como a concentração de poder e a narrativa desigual perpetuam desigualdades. Leia mais... |
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Visita mediada ao DOI-Codi: grupo da Faculdade de Direito da USP | ||||
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No dia 5 de novembro, o Núcleo Memória promoveu uma visita mediada ao antigo DOI-Codi/SP, destinada a alunos do curso de Direito da USP. A atividade abordou a Operação Bandeirantes e a história do DOI-Codi, além de discutir momentos críticos da ditadura militar, como o AI-5, a Anistia de 1979 e os assassinatos de Virgílio Gomes da Silva e Vladimir Herzog. Leia mais... | ||||
Visita da Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos ao antigo DOI-Codi | ||||
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Durante a visita ao antigo DOI-Codi, a CEMDP reforçou seu compromisso com a preservação da memória e a defesa dos direitos humanos. As estratégias para 2025 reafirmam a luta contínua por verdade e reparação histórica. Leia mais... |
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Visita mediada mensal ao antigo DOI-Codi no dia 13 de novembro | ||||
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Reviver a memória para nunca esquecer. Na visita mediada ao antigo DOI-Codi, estudantes ouviram relatos impactantes de um ex-preso político e refletiram sobre a brutalidade da ditadura. Um passo crucial na formação humanitária e na luta por justiça. Leia mais... |
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Visita mediada ao antigo DOI-Codi no dia 27 de novembro | ||||
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No dia 27 de novembro, o Núcleo Memória realizou mais uma visita mediada ao antigo DOI-Codi. Alunos da EMEF Presidente Prudente de Moraes ouviram relatos impactantes de Dulce Muniz, ex-presa política, e percorreram espaços marcados pela repressão. Uma experiência difícil, mas essencial para entender o passado que ecoa no presente. Leia mais... |
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Roda de conversa com alunos do Colégio Santa Marcelina | ||||
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No dia 4 de novembro, Maurice Politi, diretor executivo do Núcleo Memória, participou de uma roda de conversa no Memorial da Resistência com 66 alunos do Colégio Santa Marcelina. Durante a atividade, Politi compartilhou seu testemunho sobre a ditadura, promovendo um diálogo reflexivo sobre a censura e as violências do regime. Leia mais... |
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Roda de Conversa no Cursinho do Instituto de Psicologia da USP | ||||
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No dia 26 de novembro, o Núcleo Memória levou história viva a 60 alunos da USP. Em uma roda de conversa, relatos sobre a ditadura militar despertaram reflexões e estenderam a atividade para além do previsto. Leia mais... |
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Exibição do filme “Memória Sufocada” no Colégio Santa Maria | ||||
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O dia 5 de novembro, o Núcleo Memória promoveu uma exibição do filme Memória Sufocada no Colégio Santa Maria. O filme, que trata do autoritarismo e da impunidade no Brasil, foi seguido por um debate com o diretor Gabriel Di Giacomo e com Maurice Politi, ex-preso político. A atividade reforçou a importância do diálogo sobre democracia e memória entre os jovens. Leia mais... |
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Ato em Homenagem à Marighella – 55 anos do seu assassinato | ||||
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No dia 4 de novembro, o Monumento a Carlos Marighella, em São Paulo, foi palco de uma homenagem ao líder da Ação Libertadora Nacional, assassinado em 1969. Militantes históricos e jovens ativistas se reuniram para relembrar sua luta, com a presença do Núcleo Memória, comprometido com a preservação da resistência. Leia mais... |
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Curso Lugares de Memória e Direitos Humanos no Brasil – 4ª Aula | ||||
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Memória viva, resistência presente. Na quarta aula do curso “Lugares de Memória e Direitos Humanos”, Julia Gumieri destacou experiências brasileiras que resgatam o passado para compreender os desafios do presente. Leia mais... |
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Curso Lugares de Memória e Direitos Humanos no Brasil – 5ª Aula | ||||
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A quinta aula do curso Lugares de Memória e Direitos Humanos no Brasil, o professor Flávio Bastos destacou experiências internacionais que revelam como memórias traumáticas são preservadas em espaços físicos e expressões culturais. Leia mais... |
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Curso Lugares de Memória e Direitos Humanos no Brasil – 6ª Aula | ||||
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Na sexta aula do curso Lugares de Memória e Direitos Humanos no Brasil, realizada em 19 de novembro no Sesc Vila Mariana, o professor Renan Quinalha abordou a trajetória do sistema judiciário brasileiro, desde a ditadura até a atualidade. Leia mais... |
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Curso Lugares de Memória e Direitos Humanos no Brasil – 7ª Aula | ||||
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Historiadores discutem educação em direitos humanos a partir dos Lugares de Memória. Na sétima aula do curso, Renan Beltrame e César Novelli Rodrigues destacaram a importância de adaptar práticas pedagógicas sobre a ditadura para diferentes públicos. Leia mais... |
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Núcleo Memória participa de reuniões para a constituição de um centro de memória na casa conhecida como “Casa da Morte” em Petrópolis | ||||
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O Núcleo Memória participou de reuniões sobre a desapropriação da "Casa da Morte" em Petrópolis para transformá-la em um Centro de Memória. As discussões focaram no repasse de recursos, previsto para dezembro, e na gestão futura do espaço. A próxima reunião será em 3 de dezembro. Leia mais... |
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PRÓXIMAS ATIVIDADES | ||||
Exposição “Ausências Brasil” Visita mediada ao DOI-Codi
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