abr/mai 2020 | ||||||||||||
EDITORIAL |
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Sob o cenário de recordes diários de mortes em decorrência do novo coronavírus que atinge principalmente as comunidades da periferia da cidade, temos sido testemunhas de que a crise social e econômica causada pelo agravamento da crise sanitária vem acompanhada por uma grave crise democrática. Estamos vivendo um perigoso momento de radicalização ideológica e confronto entre os poderes institucionais que ameaça a própria existência do Estado de Direito. Esta situação exige de todas as organizações da sociedade civil que atuam em defesa dos Direitos Humanos um compromisso ativo em favor dos princípios e valores democráticos e pela defesa de uma cultura de tolerância, paz e respeito entre as diversas camadas sociais que compõem a sociedade brasileira. Desde o dia 17 de março, todos nossos trabalhadores estão em isolamento, trabalhando em regime home office, em consonância com as orientações da OMS. Em adequação à essa necessidade, algumas atividades educativas e culturais que já estavam previstas para serem realizadas nesse período foram e estão sendo reformuladas para sua execução online, como é o caso da edição de 2020 do “Curso Lugares de Memória e Direitos Humanos no Brasil”, que se encontra em andamento. Desta forma, o Núcleo Memória vem a público informar que, mesmo em face da flexibilização de atividades em escritórios decretadas pela Prefeitura de São Paulo, não irá retomar as suas atividades presenciais até que exista segurança para tal e manterá todas as suas atividades à distância, em respeito à vida e a dignidade de todas as pessoas. Em linha com a ação civil-pública protocolada no dia 4 de junho pela Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD) e o Sindicato dos Advogados de São Paulo (SASP), entendemos que faltam justificativas sustentadas em dados científicos e protocolos internacionais para a reabertura que está sendo proposta em São Paulo, justamente no momento em que estamos em uma terrível escalada no número de casos de COVID-19, sem segurança sanitária para o flexibilização do isolamento social. Por este motivo, em nome dos direitos humanos e da dignidade humana, e contrário à lógica perversa do consumo que brutaliza as relações humanas, os interesses do capital não podem seguir sobrepujando a dignidade, a vida e a saúde humana, violando sistematicamente os direitos humanos, reafirmamos que nossas atividades culturais e educativas tradicionalmente realizadas presencialmente pelo Núcleo Memória foram suspensas desde março, com o cancelamento temporário das visitas mediadas ao DOI-Codi, e das Rodas de Conversa e Sábados Resistentes realizados em parceria com o Memorial da Resistência de São Paulo. |
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Curso Lugares de Memória e Direitos Humanos no Brasil - 2020 |
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As aulas iniciaram no dia 11/05 com a publicação da primeira vídeo-aula e desde então as interações ao vivo com os estudantes selecionados têm reunido cerca de 90 participantes de vários lugares do Brasil. Continue lendo |
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Núcleo Memória • Av. Brigadeiro Luis Antonio 2.050 • Bloco B cjto 141 • São Paulo, SP • (+55) (11) 2306-4801 | ||||||||||||
www.nucleomemoria.com.br | ||||||||||||